Trump processa jornal por reportagem sobre Epstein e pede US$ 10 bilhões

  • 19/07/2025
(Foto: Reprodução)
Trump pede que Justiça americana divulgue mais informações sobre caso Epstein O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, processou o Wall Street Journal e pediu pelo menos US$ 10 bilhões (R$ 55,8 bilhões) em danos por uma reportagem que afirma que o republicano enviou ao bilionário Jeffrey Epstein uma carta que incluía um desenho de uma mulher nua. A ação foi protocolada nesta sexta-feira (18). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Trump entrou com a ação contra os proprietários do jornal e dois repórteres, acusando-os de difamação. O presidente alegou que eles agiram com intenção maliciosa, o que lhe causou danos financeiros e de reputação. "Estou ansioso para que Rupert Murdoch testemunhe no meu processo contra ele e seu 'monte de lixo' de jornal, o WSJ. Será uma experiência interessante", disse Trump em uma publicação no Truth Social na manhã de sexta. A reportagem publicada na quinta-feira (17) afirma que Trump enviou a carta para Epstein em 2003. O jornal diz que correspondência fazia parte de um álbum comemorativo produzido por Ghislaine Maxwell, parceira de Epstein, para celebrar os 50 anos dele — anos antes de o bilionário ser preso por abuso sexual de menores. A carta atribuída ao atual presidente inclui uma mensagem datilografada dentro da silhueta de uma mulher nua desenhada à mão. A assinatura “Donald” aparece abaixo da cintura da figura. O texto termina com a frase: “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo”. Ainda segundo a reportagem, a suposta carta de Trump apresenta um diálogo fictício entre ele e Epstein, escrito em terceira pessoa. Veja a seguir o trecho divulgado pelo WSJ: Narrador: Deve haver mais na vida do que ter tudo. Donald: Sim, existe, mas não vou te dizer o que é. Jeffrey: Nem eu, já que também sei o que é. Donald: Temos certas coisas em comum, Jeffrey. Jeffrey: É verdade, pensando bem. Donald: Enigmas nunca envelhecem, você já notou? Jeffrey: Na verdade, isso ficou claro para mim da última vez que te vi. Donald: Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo. Ao jornal, Trump negou ter escrito a carta ou desenhado uma mulher nua: "Nunca pintei um quadro na minha vida. Não desenho mulheres", disse. "Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras." O Wall Street Journal afirmou que teve acesso ao suposto conteúdo do álbum, que teria sido analisado por investigadores do Departamento de Justiça anos atrás. O jornal não soube informar se as páginas foram revisadas durante o governo Trump. LEIA TAMBÉM 'Lista de Epstein': Trump vira alvo dos MAGA após negar teoria sexual que ele mesmo espalhou Jeffrey Epstein: quem foi, quais crimes cometeu e qual a associação com Trump Governo Trump demite, sem motivo, promotora federal que investigava crimes sexuais de empresários Transcrições A foto, de julho de 2008, mostra Epstein sob custódia em West Palm Beach, na Flórida. Uma Sanghvi/Palm Beach Post via AP Sob pressão para liberar os arquivos de Epstein, Trump disse na quinta-feira que ordenou que Procuradoria-Geral dos EUA pedisse a um tribunal que divulgasse o depoimento do grande júri sobre Epstein. A moção já foi protocolada. "Autoridades públicas, legisladores, especialistas e cidadãos comuns continuam profundamente interessados e preocupados com o caso Epstein", disse o procurador-geral adjunto Todd Blanche no documento. "Afinal, Jeffrey Epstein é o pedófilo mais infame da história americana." Blanche chamou as transcrições de "peças cruciais de um momento importante na história da nossa nação" e disse que "o tempo para o público adivinhar o que elas contêm deve acabar". Ele disse que os promotores trabalhariam para suprimir todas as informações de identificação das vítimas antes de tornar qualquer material público. A divulgação dos documentos do grande júri pode ficar aquém do que muitos apoiadores de Trump buscavam, incluindo os arquivos de casos mantidos pelo governo. Os grandes júris analisam as provas apresentadas pelos promotores para determinar se as pessoas devem ser indiciadas por crimes. Isso inclui boatos, informações obtidas indevidamente e outras provas que os promotores não teriam permissão para apresentar no julgamento. As transcrições dos procedimentos do grande júri geralmente são mantidas em segredo segundo as regras federais de processo penal, com exceções limitadas. Um juiz pode permitir a divulgação de questões do grande júri em conexão com processos judiciais ou a pedido de réus que acreditem que isso poderia levar à rejeição de suas acusações. É provável que parte do material divulgado nos procedimentos do grande júri seja redigido ou ocultado por questões de privacidade ou segurança. Epstein x Trump Donald Trump aparece em uma festa ao lado de Jeffrey Epstein. Reprodução/Netflix Jeffrey Epstein tinha conexões com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros sexuais em suas mansões. Em 2008, Epstein chegou a firmar um acordo com a Justiça para se declarar culpado. Em 2019, o caso voltou à tona, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário por tráfico sexual. O bilionário morreu na cadeia poucos dias depois de ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida. Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Trump prometeu divulgar uma lista com os nomes de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos chegaram a ser publicados pelo governo. Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outras pessoas em registros de voos ligados ao bilionário. É de conhecimento público que os dois foram próximos nos anos 1990. Trump, no entanto, não é investigado nesse caso. Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi chegou a insinuar que havia uma lista de clientes de Epstein sobre a mesa dela para ser revisada. Esse documento, no entanto, nunca foi divulgado. Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não existe nenhuma lista de clientes nos documentos relacionados à investigação. O próprio presidente Trump passou a afirmar que a tal documento é uma farsa. A mudança de versão irritou a base de apoiadores do republicano. Muitos desses eleitores compartilham teorias da conspiração sobre o caso Epstein e exigem a divulgação completa das informações sobre a rede de exploração sexual. Vídeos em alta no g1 VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/07/19/trump-processa-wall-street-journal-por-reportagem-sobre-epstein-e-pede-us-10-bilhoes.ghtml


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